História do Japão

Pré-história e antiguidade

A ocupação humana do Japão remonta ao Paleolítico, e a data mais consensual para a primeira presença humana neste arquipélago é de 35 000 a.C., quando povos caçadores-coletores chegaram às ilhas vindos do continente através de istmos. As primeiras ferramentas japonesas de pedra lascada datam dessa época, e as de pedra polida datam de 30 000 a.C., sendo as mais antigas do mundo. Ainda não se sabe por que essas ferramentas surgiram tão cedo no Japão. Em 1985 mergulhadores fizeram descobertas de estruturas submersas em Yonaguni, em Okinawa, o que atraiu muitos historiadores, arqueólogos e cientistas até ao sítio arqueológico, onde realizaram estudos para a sua datação. Chegaram à conclusão que os monumentos têm mais de 11 000 anos de idade, os mais antigos do mundo. Os cientistas confirmam que esses monumentos encontrados submersos na costa do Japão são a evidência de que pode ter existido uma civilização desconhecida, anterior à Idade da Pedra. A primeira cultura cerâmica e civilização a se desenvolver no Japão foi o povo nômade Jomon que não desenvolveu a agricultura nem a criação de animais. Entre 250 a.C. e 250 d.C., a cultura nômade Yayoi, vinda de Kyushu, substituiu a anterior e trouxe o cultivo de arroz, ferramentas em metal e a confecção de roupas.

O Japão foi unificado pela primeira vez no século IV pelo Povo Yamato e logo empreendeu a conquista da península da Coreia no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio japonês sobre a Coreia até ao século VI. Em 552, o budismo foi introduzido no país trazido da Coreia e servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes. Após a morte do imperador Shotoku em 622 e um período de guerras civis, o Imperador Kōtoku deu início à reforma Taika que criaria um estado com poderes concentrados nas mãos de um imperador rodeado por uma burocracia, à semelhança da Dinastia Tang na China. Em 710 a capital japonesa foi transferida de Asuka para Nara, réplica da capital chinesa da época, dando início a um novo período da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo se difundiu com a criação de templos por parte do imperador nas principais regiões.


O Horyu-ji, um dos mais antigos edifícios de madeira no mundo, é um dos tesouros nacionais e um Patrimônio Mundial da UNESCO.

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